Longe do convencional
Longe do convencional
O conforto e a segurança das casas em condomínios fechados costumam atrair seus moradores.
O conforto e a segurança das casas em condomínios fechados costumam atrair seus moradores. No entanto, a padronização comum na maioria deles é um grande ponto negativo para muitas pessoas, especialmente aquelas que não abrem mão de ter sua personalidade e estilo de vida impressos no próprio lar.
Este imóvel novo no Planalto Paulista ficou dois anos vazio, até Cynthia Ferreira e Michelle Machado, do Aonze Arquitetura, transformarem-no na moradia perfeita para uma artista plástica.“Ela nos procurou porque ia se mudar para essa casa convencional, que seguia o desenho do condomínio, mas queria reformá-la para traduzir seu estilo despojado e colorido, nada convencional”, contam
Com três pavimentos e 345 m², o espaçoso imóvel deveria ter ambientes aconchegantes e preparados para receber os amigos em diversas ocasiões. Precisava também ser alegre, colorido e ousado. Os objetos de desejo principais: um closet amplo e uma cozinha integrada à sala. “A proprietária tem paixão por cores e arte, grande vivência em artes plásticas e adora viajar pelo mundo. Ela tem um pequeno acervo de peças e fotos que trouxe dessas viagens que incorporamos à decoração”.
Pedidos feitos, era hora de realizar cada um deles.
“Partimos da premissa de transformar a arquitetura padrão existente sem fazer intervenções substanciais, privilegiando a iluminação natural, integrando os ambientes e tornando a casa mais funcional, despojada e personalizada”, explicam.
A área da churrasqueira, no térreo, que é o centro das reuniões sociais, recebeu uma cobertura e a bancada original teve a posição invertida. Seguindo o caminho de tábuas de madeira de demolição chega-se a outra extremidade do jardim, onde foi construído o gazebo.
O living que fica no primeiro pavimento também sofreu intervenções.
“Removemos a parede que separava a cozinha da sala de jantar, integrando os dois ambientes e mantendo apenas a alvenaria na altura do balcão”.
Prosseguindo para o segundo piso, está a área íntima onde mais transformações foram necessárias. O dormitório ao lado escada virou um escritório com a remoção de uma parte de duas paredes a partir de 1 metro do chão, criando assim com a alvenaria restante o guarda-corpos. “O resultado foi um ambiente amplo, versátil, que pode ser escritório, sala de TV ou quarto de hóspedes, e extremamente iluminado pelo vão da escada”, explicam Cynthia e Michelle. Por fim, as arquitetas abriram uma passagem entre duas suítes surgindo um closet, em atendimento a um dos sonhos da cliente.
Por Marina Sola
Fotos J. Vilhora
Matéria Publicada em Revista Decorar 106.
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